quarta-feira, 27 de abril de 2011

Mancini vira modelo de profissional e inspiração para jovens do Atlético-MG Experiente atacante também foi revelado nas categorias de base do clube


O Atlético-MG começou o jogo diante do América-MG, no último domingo, pelas semifinais do Campeonato Mineiro, com seis jogadores formados nas categorias de base do clube no time titular: Renan Ribeiro, Serginho, Fillipe Soutto, Giovanni Augusto, Renan Oliveira e Mancini. Os cinco primeiros ainda estão no início da carreira, enquanto Mancini já tem bagagem e experiência de oito anos no futebol europeu. Além desses, jogadores como Lima, Eron, Cláudio Leleu e Wendel têm sido constantemente aproveitados pelo técnico Dorival Júnior.
 Mancini e a garotada do Atlético-MG (Foto: Marco Antônio Astoni/Globoesporte.com)
Mancini serve de espelho para os jovens jogadores atleticanos. Assim como os outros, foi criado dentro do clube. Por ser exemplo, o atacante procura sempre falar com os mais jovens. Na Itália, o jogador, que começou a carreira como lateral-direito, virou meia e, atualmente é atacante, defendeu Roma, Venezia, Inter e Milan.
- Eu, que sou mais experiente e tenho mais rodagem, procuro sempre conversar. Aí, um ou outro chega para falar, e dentro de campo, procuro orientar e mostrar como a coisa funciona. Então, estou super feliz e com muita vontade. Fico muito lisonjeado em fazer parte desse grupo, porque tem uma garotada bacana.
Um dos jovens valores atleticanos, o volante Fillipe Soutto, de apenas 20 anos, valoriza muito a presença de Mancini no elenco do Galo, e diz que o experiente jogador serve como fonte de inspiração para os mais jovens.
- O Mancini conseguiu concretizar um objetivo que todos nós, que subimos da base, temos. O sonho dele se realizou, e ele ainda é um jogador profissional e de competência. Nós temos muito a aprender com ele, porque é um grande profissional, não só dentro de campo. É um profissional de verdade, busca sempre o aprimoramento das suas condições. Essa realização dos sonhos dele nos incentiva a buscar também as nossas conquistas. Assim como ele conquistou, vejo que, se trabalhar com afinco e dedicação, também posso chegar onde ele chegou.
Mescla entre juventude e experiência
Mancini é apresentado no Atlético-MG (Foto: Marco Antônio Astoni / Globoesporte.com)
Mancini, com 30 anos, foi o segundo jogador mais velho do Atlético-MG no jogo contra o Coelho, atrás apenas de Leonardo Silva, que tem 31. O jogador considera muito boa a mescla entre experiência e juventude e diz que o clube só tem a ganhar.
- Eu acho que a mistura de juventude e experiência é muito benéfica, a partir do momento em que se tem diálogo das duas partes, não só da pessoa que é experiente. Ela tem que ouvir os mais jovens, tem que ter esta humildade, porque, se eles tiverem de ouvir você, as coisas caminham da melhor forma possível. Os jogadores jovens ouvem bem, e também procuro aprender com eles.
O comandante atleticano, Dorival Júnior, famoso por usar jogadores jovens ao lado de experientes, concorda com o que diz Mancini.
- Isso é fundamental. De repente, algum campeonato é definido e decidido pelas qualidades de uma equipe, que talvez não tenha uma estrutura já montada. Mas uma sequência, uma regularidade e a montagem de uma grande equipe passam por uma estrutura como essa. O Atlético-MG está mostrando isso ao longo dos anos.
Decisão contra o Coelho
Na segunda partida contra o América-MG, no próximo sábado, às 18h30m (de Brasília), na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, o Galo poderá entrar em campo com sete jogadores da base, já que Werley deverá substituir Leonardo Silva, suspenso por três cartões amarelos. Mancini ressaltou o fato e disse que o clube pode colher frutos com a garotada no futuro.
- O Dorival, em sua carreira, sempre conseguiu implantar isso. No Santos, foi campeão assim e, no Atlético-MG, não está sendo diferente. Hoje, se você pegar a equipe do Atlético-MG, a média de idade é de 24 anos. Eu sou o mais velho, com 30. Isso mostra que o trabalho de base tem dado certo, tem sido bem feito. Jogadores como estes, futuramente, podem ser vendidos e trazer benefícios para o clube.
Dorival Júnior afirmou que os jovens dão um extra ao time por jogarem com mais amor à camisa.
- Eu gosto de fazer isso, porque esses garotos se identificam mais com o clube, e a intensidade deles é muito maior. Esses garotos dão uma amostra positiva do que é jogar por amor e busco sempre fazer esse tipo de trabalho. Houve a necessidade dessa alteração, devido às circunstâncias. Essa garotada está sendo muito valente e vibrante com a camisa do nosso time.
As melhores equipes da história do Atlético-MG, nos anos 1970 e 1980, foram formadas por jogadores criados no clube, como Marcelo, Toninho Cerezo, Paulo Isidoro, Reinaldo, João Leite e Heleno. O time de 2011 segue os mesmos passos. E os garotos, auxiliados por jogadores experientes como Mancini, enchem a torcida de esperança de dias melhores e os tão sonhados títulos.

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